Nas últimas épocas o Oliveira do Bairro não tem sido de todo feliz com o Pampilhosa.
Na presente época a realidade classificativa é outra, mas em jogos desta natureza, onde por vezes a rivalidade se sobrepõe a outros factores, este é dos chamados jogos onde não há favoritos antecipados.
O Pampilhosa tardou em arranjar direcção e consequentemente plantel. Aos poucos foi construindo uma equipa capaz de fazer um campeonato tranquilo, mas depressa foram saindo uns e entrando outros, cujas últimas referências foram o regresso do central João Pinto, que ainda no domingo passado marcou o golo do empate frente ao Tourizense; o lateral esquerdo Hugo Simões e o médio defensivo Pedro Penela, ambos vindos do clube de Touriz.
Com estes reforços e com o bom momento do guarda-redes Joca, Miguel Tomás e Sérgio Grilo, os ferroviários tudo irão fazer para não serem surpreendidos.
O Oliveira do Bairro viveu uma semana espécie de mau e muito bom.
Perdeu, incompreensivelmente, em Porto de Mós, naquela que foi a pior exibição da época, mas dois dias depois recebeu um grande notícia, com o sorteio da Taça de Portugal a calhar-lhe o Benfica no seu caminho.
Este bónus poderá contagiar o grupo de trabalho para uma grande exibição, num jogo onde em princípio não poderá contar com Alexis, que se lesionou na partida com o Portomosense.
Benfica no caminho do Oliveira do Bairro
Há horas felizes. Foi a cereja no topo do bolo, ao calhar o gigante Benfica para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. O jogo será no dia 7 de Janeiro, no Estádio da Luz em Lisboa, e será um momento único para jogadores, treinadores, dirigentes e massa associativa. Em termos financeiros é uma prenda de Natal antecipada, que poderá resolver muitos problemas do clube.
Depois de na década de 80 o Oliveira do Bairro ter defrontado no antigo José de Alvalade o Sporting, na altura com vitória leonina por 2-1, naquela que foi uma das melhores equipas (quase subiu à 1.ª divisão) do Oliveira do Bairro, onde pontificava Raul Águas, que marcou por duas (na própria baliza e na baliza de Fidalgo) o clube bairradino volta a defrontar um dos chamados grandes do nosso futebol.
António Moreira, da Comissão Administrativa, tinha uma secreta esperança que ia calhar no sorteio o Benfica: “A Comissão Administrativa tenta sobreviver e com esta ajuda acreditamos que vamos viver mais desafogados”, numa clara alusão da receita que o clube poderá encaixar com o jogo com o Benfica, mais ainda sendo jogado no estádio da Luz.
Ainda segundo aquele dirigente, “é bom para os atletas e equipa técnica. Eles merecem, porque estão a fazer um campeonato exemplar. Aliás estou surpreendido”.
Noutro tom, António Moreira diria sentir-se magoado: “Sinto-me magoado com as forças vivas da cidade e do concelho, que na prática não reconhecem que o Oliveira do Bairro é o clube mais representativo do concelho e dos oliveirenses. Deviam dar a cara, ajudar mais, mas só a dão quando o clube é falado, como é o caso”.
O dirigente do Oliveira do Bairro agradeceu a forma como a anterior Comissão Administrativa tem ajudado os novos dirigentes, mais dois ou três amigos do clube, tal como o patrocinador, a Labicer, dizendo que também merece este momento, este prémio.
Sobre o jogo, António Moreira disse: “Os atletas são jovens, inteligentes, e espero que se divirtam e sejam aquilo que sempre foram, joguem aquilo que sabem”.
Antes da partida com a Oliveirense, o treinador António Flávio, na palestra aos jogadores, disse-lhes. “Temos que ganhar, porque alimento o sonho de que na eliminatória seguinte nos vai calhar um clube grande”.
Acertou em cheio, daí que não conteve a emoção: “É um momento histórico para o clube, uma oportunidade única para os jogadores pisarem o estádio da Luz e defrontarem o maior clube português. A realidade é outra, mas vamos jogar contra o Benfica organizados, com uma estrutura sólida, capazes de honrar o Oliveira do Bairro, a cidade e o concelho”, disse o técnico dos Falcões do Cértima.
De referir que a Comissão Administrativa, mal soube do resultado do sorteio, já se encontra no terreno tendo em vista a organização de uma excursão à Catedral para apoiar o Oliveira do Bairro contra o Benfica.
Entrevista por:
O Auditório ‘Manuel Quaresma’, na Sede da FPF, acolheu, terça-feira, o sorteio da quarta eliminatória da Taça de Portugal. Os jogos estão agendados para o próximo dia 7 de Janeiro. As eventuais alterações a esta data serão anunciadas oportunamente. Aqui fica o quadro completo de jogos: Clube Isento: Rio Ave FC Valecambrense - Varzim Louletano - Espinho Pontassolense - Olivais e Moscavide Aves - Oliveirense Estoril-Praia - Santa Clara Juventude de Évora - Pinhalnovense Paredes - Belenenses Estrela da Amadora - Feirense Paços de Ferreira - União de Leiria Nacional - Vizela Bragança - Marco Beira-Mar - Santana Leixões - Famalicão Naval 1º Maio - Casa Pia Covilhã - Mafra Boavista - Macedo de Cavaleiros Santiago – Odivelas Gondomar - Rio Maior Braga – Portimonense Académica - Vitória de Setúbal Maia - Lagoa Sertanense - Lusitânia Penalva do Castelo - Maria da Fonte Camacha – Olhanense Penafiel - Marítimo União da Madeira - Sporting FC Porto - Atlético Benfica - Oliveira do Bairro |
Arbitro: João Capela
Auxiliares: Manuel Santos e Nuno Mira. Equipa do CA da AF Lisboa.
PORTOMOSENSE 3
Sérgio; Pedro Órfão, Nelson, Zeca e Morgado; Hugo Almeida e Oziel; Albazini, Elton e Bruno Filipe; Quim – Quim.
Substituições: Aos 33m, Nelson por Marco Santos; 78m, Quim – Quim por Jakson.
Treinador: Paulo Vieira
OLIVEIRA DO BAIRRO 1
Mário Júlio; Paulo Costa, José Carlos, Paulinho e Hugo Justiça; Jean, Tó Miguel e Carlos Miguel ; Alexis , Luís Barreto e Leandro.
Substituições: Aos 35m, Jean por Dany; 52m, Leandro por Fábio; 58m, Hugo Justiça por Tojó.
Treinador: António Flávio
Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Oziel (23m), Tó Miguel (39m, p.b.), Carlos Miguel (67m, g.p.) e Jakson (87m).
Disciplina: cartão amarelo a Luís Barreto (26m), Paulo Costa (58m), Marco Santos (58m), Morgado (82m), Elton (83m), Tó Miguel (87m), Albazini (88m) e Jakson (89m).
Parados na estratégia
Há tardes assim. O Oliveira do Bairro que trazia consigo uma excelente aureola de resultados e exibições, baqueou sem apelo nem agravo na casa do último classificado, que ainda não tinha qualquer vitória.
Nada saiu bem à equipa. Foi o relvado, foi a forma aguerrida como o Portomosense se estendeu em campo, foram, acima de tudo, as bolas paradas. Os três golos nasceram assim, numa defesa que andou aos papéis. Flávio colocou toda a carne no assador, a equipa ainda reduziu, mas mesmo com superioridade no ataque, os bairradinos nunca souberam escolher os caminhos da baliza contrária, acabando de novo penalizados no final da partida.
Num relvado em muito mau estado, o jogo começou algo incaracterístico, com ambas as equipas à procura da melhor adaptação.
O Oliveira do Bairro, sendo uma equipa mais tecnicista, cedo foi notório que o relvado seria um dos seus principais inimigos, mostrando-se incapaz de explanar o seu futebol, jogar de pé para pé, quiçá construir uma jogada com princípio meio e fim.
Do outro lado, o Portomosense, mais lutador, fazendo da garra e determinação o seu ponto forte, adaptou-se melhor e com um futebol mais musculado, foi dando sinais de que era capaz de cometer uma gracinha.
Paulo Costa, de livre directo, ainda ameaçou, tal como Bruno Filipe que não chegou a um centro de Albazini, mas, a meio da etapa inicial, os locais ganharam um canto e chegaram ao golo. O canto foi marcado curto, a defesa ficou descompensada, mais ainda com o desvio de Oziel.
Com o golo, os locais ganharam novo ânimo. O Oliveira do Bairro, já com Dany em campo, bem tentou, mas o futebol imprevisível esbarrava sempre em algo. O que não aconteceu do outro lado, que na sequência de um livre, viram Tó Miguel marcar na própria baliza, onde Mário Júlio não fica isento de culpas.
A ganhar por dois golos sem resposta, o Portomosense não entrou em grandes correrias. Esperou pelo adversário e apostou no contra-ataque, diga-se que bastante tímidos.
Por seu turno, o Oliveira do Bairro assumiu as despesas do jogo. Flávio colocou em campo mais dois homens de ataque, apostou em três defesas e correu riscos. Marco Santos esteve perto do terceiro golo, mas foram os Falcões que reduziram, por Carlos Miguel, de penalty, a castigar falta de Morgado sobre Dany.
Com pouco mais de 20 minutos para jogar pensou-se que o Oliveira do Bairro carregasse ainda mais no acelerador.
Na realidade fê-lo, mas sem a convicção de outros jogos. Ter muitos homens na frente de ataque, por vezes, não é sinónimo de maior qualidade, não é sinónimo de maior volume de jogo atacante, quando a bola não chega lá nas melhores condições. Foi o que aconteceu. A equipa retardou muito a bola a meio campo, e quando a colocou nas imediações da área, fê-lo sempre aos repelões sempre em chuveirinho, fácil para quem defendia com muitos homens.
O Portomosense defendia como podia, embora sem grande aflição, tendo ainda arte e engenho para fazer o terceiro golo, num lance em que José Carlos e Mário Júlio ficaram mal na fotografia.
A vitória, a primeira do Portomosense, é inteiramente justa, perante um adversário que esteve a milhas do que sabe e pode.
Boa arbitragem.
Discurso Directo
Paulo Vieira, treinador do Portomosense:
“Sofrido, mas merecido”
Na primeira parte fomos claramente superiores. O adversário não nos criou problemas e marcámos dois golos de bola parada.
No segundo tempo, o Oliveira do Bairro, como boa equipa que é, esteve muito forte. Reduziu, mas depois não teve grandes ocasiões de golo, porque defendemos bem. A vitória é sofrida, mas justa.
António Flávio, treinador do Oliveira do Bairro:
“Não o fizemos o suficiente”
Na primeira parte a equipa não existiu. Depois sofrer três golos de bola parada não há equipa que resista.
Na segunda parte aproximámo-nos um pouco do nosso nível, ainda reduzimos, mas mais um erro ditou a derrota. Não fizemos o suficiente para merecermos pontos.
A Figura – Alexis
Mais em jogo
Foi o municiador do ataque, aquele que organizou os lances pelos flancos, muito por força de alguns recursos técnicos que baralharam os defesas contrários. Foi o elemento que mais em jogo esteve, mas não teve seguidores. Saiu lesionado com suspeita de uma rotura muscular, e caso seja grave, será uma perda importante na estrutura de António Flávio.
CAMPEONATO DISTRITAL DE INICIADOS
I DIVISÃO
SÉRIE: 3 ZONA SUL
11 JORNADA (26/11/2006)
CAMPO: S. SEBASTIÃO EM OLIVEIRA DO BAIRRO
O.B.S.C. – 8
UD BUSTOS - 2
OBSC: Marcelo Pires, Marcelo, Oliveira (Ministro, 35m), Germano (T. Carvalho, 35m), Ruben, Luís, D. Marques ( J. Martins, 54m), Figueiró, Aranha, T. Jesus (Daniel Barros, 54m) e Tomás.
TREINADORES: Daniel Sampaio e Abel.
U. D. BUSTOS: Leandro, Marcelo, Maurício, Tiago (Paulo, 54m), Gonçalo (Jonathan, 28m) Márcio, Joel, Nuno, Micael (Arturo Alexander, 28m) Rui Pinho e Jean.
TREINADOR: Carlos Santos
Ao Intervalo: 5 – 0
Marcadores: Figueiró (8m), Luis (11m e 32m), T. Jesus (26m), Aranha (30m e 47m), Ruben (38m), Joel (57m), Márcio (59m) e T. Carvalho (64m) .
Disciplina: Cartão amarelo a Rui Pinho (45m), Nuno ( 47m).
Tal como lhe competia, a equipa do OBSC entrou melhor na partida e logo aos 8m Figueiró faz o 1º da manhã a aproveitar uma bola vinda do poste, após um canto bem marcado por Diogo Marques. Aos 11m surge o golo mais bonito do encontro, com Luis num gesto técnico perfeito a fazer um belo chapéu ao g.r. do Bustos. Até ao intervalo a equipa da casa ainda iria marcar por mais três ocasiões, por intermédio de T. Jesus 26m, Aranha 30m e Luis novamente aos 32m. A U.D. BUSTOS só em lances de bola parada conseguia criar perigo, por intermédio de Márcio.
Na segunda parte a equipa forasteira acertou melhor as suas marcações e conseguiu equilibrar a partida, mas era a equipa da casa que continuava a criar mais lances de perigo, e com toda a naturalidade Ruben aos 38m amplia a vantagem com um belo golpe de cabeça, para pouco depois Aranha fazer o seu 2º golo do jogo. O Bustos iria reagir pouco depois, marcando dois golos em dois minutos. Até ao final do encontro O Bairro ainda marcaria por mais uma vez por T. Carvalho aos 64m.
Resultado justo, da equipa da casa, sobre uma equipa do Bustos, que apareceu em Oliveira do Bairro com uma atitude inoperante, desconcentrada e dependente de um jogador que não pode fazer tudo sozinho. É caso para dizer, como é que esta mesma equipa, conseguiu levar de vencida o Oliveira do Bairro, na 1ª volta, no campo do Gorgulhão (Mamarrosa).
Boa arbitragem.
Rafael Coelho
A preparação do jogo frente ao Portomosense terminou na sexta-feira após um treino efectuado com o relvado em muito más condições. A muita chuva que caiu durante toda a semana tem deixado as suas marcas, apesar disso os atletas do OBSC treinam-se com grande afinco. A equipa da foto foi a brilhante vencedora do jogo em espaço reduzido (8-6) foi o resultado que os "Rambos" obtiveram.
Último contra terceiro. O Oliveira do Bairro joga em Porto de Mós, frente ao Portomosense, com apenas três pontos, sem qualquer vitória.
Em casa a equipa de Paulo Vieira averbou dois empates, numa equipa que tarda em encontrar-se.
E tarda porquê? O clube do distrito de Leiria passou por várias convulsões no defeso. Teve problemas em alguém assumir os seus destinos, tudo por se encontrar mergulhado em problemas financeiros. Se o primeiro problema foi ultrapassado, enquanto o segundo está a ser lentamente, o terceiro, no campo desportivo, ficou algo despenado, tendo saído a maior parte da estrutura base da época passada.
A equipa é nova, algo inexperiente e essa factura é bem visível neste início de campeonato. Da época passada ficaram, entre outros, Morgado, Serrão, Oziel e Quim – Quim, uma pequena base da equipa titular.
Domingo recebe uma equipa adulta, confiante e moralizada pelo excelente início de época.
Caso o Oliveira do Bairro não menospreze o momento actual do Portomosense, que entre em campo com a ideia que está a defrontar um adversário complicado e bem classificado, e não o contrário, os três pontos poderão vir para a Bairrada.
A equipa de António Flávio tem tudo para conquistar a segunda vitória consecutiva fora de casa, a terceira no campeonato.
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